Histórias em quadrinhos e videogames é uma combinação que, na maioria das vezes, rende coisas muito boas. Não é para menos, já que a ação e os poderes das HQs combinam e muito com o mundo fantástico dos games. E o que dizer de super heróis dentro do Super Nintendo? Super legal, pelo menos a maioria deles. O console com o ‘super’ no nome teve jogos de vários dos mais famosos personagens dos quadrinhos – do Batman ao Hulk – transportando-os das páginas dos gibis para a tela da televisão deixando o jogador à vontade com seu novíssimo cinto de utilidades.
Death and Return of Superman – O kryptoniano aparece no Super NES não só em sua versão Clark Kent. Seguindo o enredo do quadrinho de mesmo nome, Death and Return of Superman mostra a morte do herói e seu retorno. Aparecem o Cyborg (O Homem do Amanhã), o Superboy (A Maravilha de Metrópolis), o Homem de Aço (uma versão meio-robô-meio-kryptoniana) e o Erradicador (O Último Filho de Krypton), todos jogáveis e com habilidades diferentes. Não é um dos melhores jogos para o console, mas bem divertido para quem é fã do herói, já que remonta toda a história dos quadrinhos, embora com alguns cortes. Apesar de um pouco repetitivo, tinha algumas fazes no estilo ‘shooter’ e ainda permitia que o personagem voasse, algo possível somente ao Superman em um beat’em up.
Batman Returns– Sem usar ao extremo seu cinto de utilidades, o homem-morcego estrela um dos melhores beat’em ups do Super NES. Inspirado no filme de mesmo nome (aquele com o Danny DeVitto como o Pinguim), é tudo o que se espera de Bruce Wayne em sua identidade secreta: muita ação. Assim como a vida do super herói, o jogo não é dos mais fáceis, mas tem controles, gráficos e trilha sonora de excelente qualidade. Ótimo trabalho da Acclaim, diferentemente de Batman Forever, da mesma companhia, feito no estilo Mortal Kombat, uma experiência sofrível no console de 16 bits.
The Incredible Hulk – O que o grandão tem de incrível nos gibis não tem nada de incrível no Super NES. A US Gold fez Hulk parecer um ‘anão’ troncudo com dois metros de altura em um jogo horrível, difícil de jogar e com uma música irritante. Onde já se viu um humano resistir a três socos furiosamente carregados com a força dos raios gama? Sem carros para jogar nos adversários, sem paredes para quebrar, apenas humanos aparentemente ultra resistentes que tentam parar o grandão em um game até confuso. Se Bruce Bane visse o que fizeram com o verdinho, provavelmente ficaria furioso e… o resto vocês já sabem.
X-men: Mutant Apocalypse – Um é pouco, dois é bom, três é demais… e cinco é perfeito! Cinco mutantes em um só jogo, cada um com suas habilidades especiais lutando contra Magneto e Apocalypse. Isso é X-men: Mutant Apocalypse, o melhor jogo dos pupilos de Charles Xavier no Super NES. Gambit, Psylocke, Cyclops, Fera e, claro, Wolverine, são os mutantes à escolha do jogador. Além de habilidades específicas, cada um começa em uma fase diferente, e todas devem ser completadas para que o jogo siga em frente. O estilo, ainda que seja parecido com um beat’em up, se encaixa melhor no gênero de ação, já que tem características de plataforma. Bastante difícil também, mas ao mesmo tempo muito divertido, principalmente por conta dos poderes especiais dos personagens e das batalhas – impossíveis – contra Magneto e Apocalypse no fim.
Captain America and The Avengers – Também estrela mais de um herói, embora apenas o Capitão America esteja no título. O soldado tem a ajuda do Homem de Ferro, de Hawkeye e de Vision, embora a equipe original dos Vingadores tivesse apenas os dois primeiros. Assemelha-se a todos os outros jogos citados até agora, mas em vez de socos e chutes, é baseado em projéteis, ou seja, mais parece um jogo de tiro que de luta, mesmo porque tem fases no estilo shooter. Os gráficos são bem simples e os controles não ruins, mas é mal projetado, apresenta bugs frequentes e o grau de dificuldade se eleva repentinamente. O barato é a aparição dos vilões da Marvel, como o Ceifador e o Fanático, e alguns aliados, como a Mulher Maravilha e o Vespa. Além disso, toda vez que se acerta um inimigo aparecem as onomatopéias tradicionais dos quadrinhos, como “POW” e “THWAK!”.
Spiderman & Venom: Separation Anxiety – Jogar com na pele de super heróis é divertido. Controlando um vilão também! Além do Homem Aranha, é possível controlar o simbionte Venom neste jogo, um dos muitos do aracnídeo para o console. Um beat’em up bem simples e divertido, com a adição dos poderes especiais do Aranha, claro. Afinal, não é todo jogo que permite prender os inimigos em uma teia e escalar prédios se balançado em cipós de fluído. É a continuação de Spiderman & Venom: Maximum Carnage, mas dessa vez é possível jogar com herói e vilão simultaneamente, o que torna tudo infinitamente mais fácil e divertido! Além desse dois, o Aranha ainda tem mais três títulos para o console, um deles junto dos X-Men.
Spawn – Fiel à história e até aos estilo gráfico dos quadrinhos, o único título do demônio para Super NES é divertido para quem é fã da série, mas nenhuma experiência nova para quem só está interssado na ação. Embora tenha várias opções de comandos – todos visualmente muito bonitos quando executados – Spawn é simples de aprender, mas difícil de jogar. Ainda assim, traz a mesma ação dos gibis e não deixa a desejar no quesito fidelidade. Inimigos como Overkill e o próprio demônio Malebolgia aparecem como chefes. Seria uma obra prima se o combate fosse mais elaborado, mas ainda assim vale pelas técnicas avançadas de Spawn.
Teenage Mutant Ninja Turtles: Turtles in Time – Neste que é considerado um dos melhores beat’em ups de todos os tempos, nada de poderes, heróis voadores e cintos de utilidade. Tudo o que há são quatro tartarugas lutadoras, capangas e pizza. Sem dúvida o melhor jogo das Tartarugas Ninja já produzido. Divertido, fácil de aprender, temática de viagem no tempo e os quatro répteis à escolha do jogador são a receita do sucesso de Turtles in Time. Além de Michelangelo, Donatelo, Rafael e Leonardo, vilões típicos dos quadrinhos entravam em cena. Tudo o que os fãs queriam das Tartarugas Ninja estálá, inclusive a música do desenho animado e os gritos de “kowabanga!”. Posteriormente, as Tartarugas Ninja ganharam um jogo no gênero de luta, mas o título não fez sucesso.
Mighty Morphin Power Rangers – Quando os Power Rangers ainda eram um sucesso por aqui e nos Estados Unidos, um jogo foi lançado pela Natsume exatamente nos moldes do seriado da televisão: os cinco adolescentes seguiam batendo nos bonecos desengonçados e, quando as coisas apertavam, era hora de morfar e eles se transformavam nos Power Rangers. Quem era fã da série tinha um prato cheio nas mãos, mesmo não tendo o melhor título para o Super NES. Nas fases finais do jogo, os Rangers invocam o robozão Megazord, como não poderia deixar de ser, para lutar com um monstro de proporções gigantescas. Bastante simples, mas ainda assim bem divertido. Quando ‘morfados’, cada ranger tinha uma arma especial e movimentos próprios. É baseado na primeira geração da série, produzida pela Bandai, a que fez mais sucesso. Posteriormente, foi lançada uma versão de luta dos Power Rangers com cinco Zords (os robôs de cada um) e um novo beat’em up um pouco mais elaborado, que foi produzido com base no filme da segunda geração.
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