Kirby’s Adventure (NES)

Kirby's Adventure Boxshot

No ocidente, Kirby divide espaço com figurões como Donkey Kong, Mario e Link por ser um submascote da Nintendo, mas é no Japão que a bolota rosa faz sucesso, até por sua aparência de anime. Dados geográficos à parte, o personagem – que alguns dizem ser macho e outros fêmea – estreou no Gameboy em 1992 com Kirby’s Dream Land, mas foi com Kirby’s Adventure, para NES, de 1993, que se consolidou como uma marca da produtora japonesa por meio de um jogo comum, igual a todos os outros, mas ao mesmo tempo diferente e inovador.

Como um título tradicional de plataforma e aventura, Kirby’s Adventure segue os mesmos padrões de qualquer outro jogo do gênero – fases curtas no modo side-scrolling, inimigos pelo caminho até chegar à última etapa de determinada série, onde se enfrenta o chefe. Até então, tudo normal, mas as diferenças começam na forma de enfrentar os inimigos. Enquanto nos games referência do gênero – Mario e Sonic, por exemplo – os adversários são eliminados quando o personagem pula em cima deles, Kirby os derrota usando sua principal habilidade, a de sugá-los.

Não apenas os engole, Kirby também copia seus poderes, o que faz de Kirby’s Adventure um jogo mutante, no qual o jogador “escolhe” a habilidade especial do personagem. Pode ser uma rajada de fogo, um raio laser, uma espada, se tranformar em um tornado ou em uma pedra, tudo dependendo do inimigo absorvido. Logo, com 24 habilidades diferentes, pode ser um jogo de tiro, ou um jogo de ação, de acordo com a preferência de quem estiver jogando.Kirby's Adventure Screenshot

Um personagem que pode adquirir várias habilidades soa muito bem, e a Sega, então maior rival da Nintendo, fez questão de criar o seu “mutante”. Kid Chameleon, um dos melhores título para o Mega Drive, também tinha seu principal atrativo na mudança de poderes, mas em vez de algo parecido com um marshmallow rosa, foi adotado um garoto. Kirby e Kid Chameleon guardam muitas semelhanças, e ambos podem ser baixados pelo Virtual Console do Wii.

Por ter sido criado no fim da geração do NES, o título tem uma qualidade gráfica e sonora muito acima da média para o console. O que mais chama a atenção, entretanto, é a quantidade de movimentos avançados que deixam o jogo mais completo e versátil. Além das movimentações básicas, há comandos de execução de técnicas especiais pouco comuns nos games da geração. Os controles, aliás, são uns dos mais sólidos do primeiro console da Nintendo.

Após os jogos de aventura, Kirby ganhou alguns títulos de puzzle como Kirby’s Avalanche e passou a figurar nos Super Smash Bros. – game de luta que reúne os personagens “nintendistas” – como personagem selecionável. Em Kirby 64: The Crystal Shards, a bolota rosa podia misturar os poderes, algo até então inédito em sua série. Atualmente há jogo para o Nintendo DS e um em projeto para Wii, mas nem mesmo os japoneses têm data marcada para seu lançamento.

Ficha técnica – Kirby’s Adventure
Plataforma: NES
Gênero: aventura/plataforma
Produtora: Hal Laboratories/Nintendo
Ano: 1992

Uma resposta

  1. Bons tempos de NES em que eu jogava Kirby’s Adventure!

    Foi por volta de 1996! Bom demais, infelizmente hj é difícil de achar o cartucho… :(

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