Extra! Extra! – Paperboy (Master System)

Quem diria que a profissão de entregador de jornal renderia um jogo. Quando o primeiro Paperboy surgiu, em 1984, para arcade,  os recursos não permitiam a criação de jogos fantásticos e complexos, então a solução era apelar para a criatividade. E a Midway, então Atari Games, fez as viagens do garotinho jornaleiro tornarem-se algo bem divertido.

Paperboy se popularizou no Brasil no Master System, plataforma na qual chegou em 1990 nos EUA e em 1992 por aqui, distribuída pela TecToy e com manuais em português. As para os consoles domésticos (também chegou ao NES e, posteriormente, a outras plataformas) eram praticamente iguais à do arcade, com poucas alterações. O objetivo e a mecânica do jogo continuavam sendo os mesmos – entregar o maior número de jornais nas casas dos assinantes.

A transposição para os consoles domésticos não fez Paperboy perder suas características de arcade. Tudo o que era preciso era movimentar o garoto pela rua e arremessar os impressos. Claro que a bicicleta nunca parava, e o máximo possível era acelerar ou ir mais lentamente, o que aproxima o título, mesmo que vagamente, de um ‘shooter’, com a diferença de que os projéteis viajam na horizontal enquanto o personagem se desloca na horizontal.

O objetivo é aparentemente muito simples, e realmente é nas primeiras fases do jogo. Algumas experiências antes de entrar no negócio de entrega de jornais para valer são o bastante para se acostumar com o ‘timing’ para acertar os locais desejados com as edições diárias. O verdadeiro desafio é fazer tudo isso conforme o número de assinantes cresce devido à boa performance do entregador. Esse aspecto foi um capricho,  uma pequena dose de “realismo” dos produtores, já que os níveis seguintes são marcados por um maior número de residências aptas a receber os jornais, ou seja, a dificuldade é maior. Se os serviços do jogador fossem ruins, acontecia o inverso: menos casas receberiam o jornal, o que quer dizer menos pontos a serem marcados.

E claro que, para chegar ao final de cada nível, era preciso mais que entregar os jornais. Ter cuidado para não ser atropelado por carros que cruzam uma avenida em uma velocidade alucinante, fugir de cachorros e carrinhos de controle remoto, desviar de garotos dançando break no gramado ou andando de monociclo e de cortadores de grama desgovernados era fundamental para completar as fases inteiros – segundo o texto na caixa do jogo, “cair muitas vezes causará uma aposentadoria precoce”.

Paperboy chegou a outros consoles da geração, uma versão para o Gameboy e ainda um remake para Nintendo 64 e Playstation, uma péssima transposição para as três dimensões que acabou com  magia do garoto jornaleiro em épocas anteriores. Felizmente, janelas ainda podem ser quebradas com as edições diárias graças à Xbox Live, que disponibiliza a versão original de arcade para download.


Comercial de ‘Paperboy’ para o NES

Ficha técnica – Paperboy
Plataforma: Master System
Produtora: Tiertex Design
Gênero: Ação
Ano: 1990

2 Respostas

  1. Nossa Jojô!!!!!

    Eu joguei isso TODA A MINHA INFÂNCIA!!! Adorei seu post!!!!!

    Junte isso mais o desenho do Tintim, e a criança cresce e vai pra facul de jo haeuhauehae

  2. esse ainda jogo sem preconceito….bons tempos e bons momentos, um verdadeiro clássico!!!!!

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