A volta do Commodore 64


Comercial do Commodore 64 à época do lançamento

O Commodore 64, relíquia dos videogames dos anos 80, vai renascer. Uma nova versão do console, que na verdade é um computador de mesa, deve ser lançada nos EUA e na Europa perto do meio do ano.

A nova versão vai ter exatamente o mesmo visual que a anterior, com exceção dos encaixes dos controles e do cartucho, que darão lugar a entradas de computadores modernos, como HDMI e USB. A “potência”, claro, também estará atualizada, com novo processador, placa gráfica e até um leitor de discos Blu-ray. O Comoddore também terá seu próprio sistema operacional.

O console já está em pré-venda ao preço de US$ 595, o mesmo valor do primeiro lançamento. Pode parecer caro se comparado às outras plataformas atuais, mas é bom lembrar que se  trata de um computador, e não um mero videogame de mesa. Embora a empresa que produzia o computador originalmente, a Commodore Business Machines, tenha falido em 1994, a marca passou de mão em mão e agora é controlada pela Commodore USA, que hoje produz PCs superpotentes.

O Commodore 64, o original, foi lançado em 1982. Pouquíssimos exemplares do computador chegaram ao Brasil. Os jogos eram bastante simples, em todos os aspectos, já que o console foi o primeiro a ser lançado após a primeira geração, que contou com Atari, Colecovision, etc. Ainda assim, reunia títulos clássicos como Ghost’n’Goblins, Loderunner, Arkanoid, Avenger (Space Invaders), Donkey Kong e Pac-Man. Quem sabe a nova versão não traga novos jogos tradicionais juntos dos grandes nomes atuais.


100 jogos do Commodore 64 em 10 minutos

Fonte: The Guardian

Tetris – O jogo

Que Tetris foi criado por um engenheiro soviético em plena Guerra Fria, todo mundo sabe. O que pouca gente sabe é que o viciante jogo dos bloquinhos foi o centro de uma extensa batalha judicial sobre direitos autorais.

Este documentário produzido pela rede britânica BBC e dirigido por Mangus Temple leva o nome do segundo filme do espião 007, o James Bond – With Love, From Rússia (Com amor, da Rússia, em tradução  livre), e mostra os bastidores da briga pelos royalties do mais famoso e jogado título de todos os tempos.

O entrevistado principal é Alexey Pajitnov, o principal nome por trás do desenvolvimento de Tetris. Aqui no Brasil, o filme é conhecido pelo nome de Tetris – O jogo, mas ainda assim muito pouco conhecido. A versão que temos é em inglês e sem legendas – apenas para as parte em russo, mas mesmo quem não entende pode compreender um pouco da complexidade que os bloquinhos levaram à Guerra Fria.

Para quem quiser saber mais, vale ler a entrevista com o diretor aqui. E se você quer matar a saudade, enfileirar alguns bloquinhos e se irritar esperando a peça reta, visite o Free Tetris para jogar online.

“Essa é a história de quatro personagens, dois sistemas e do jogo que os uniu e os separou”

Comix Zone (Mega Drive)

Os quadrinhos fazem parte da história dos videogames desde seu início. Superheróis conhecidos ou não ganharam jogos de vários gêneros em praticamente todos os consoles lançados no mercado, fossem os títulos bons ou ruins (veja os melhores jogos de superheróis do Super NES no arquivo do Baú do Videogame). Comix Zone, porém, abordou a relação entre os jogos eletrônicos e as HQ no Mega Drive de um modo diferente, e praticamente criou um história interativa dentro do console.

Lançado pela Sega já no fim da vida útil do Mega Drive, em 1995, Comix Zone não estrelava nenhum herói da Marvel ou da DC Comics ou qualquer ser com superpoderes. O protagonista era o desenhista Sketch Turner, que acaba indo parar dentro de suas próprias histórias em quadrinhos e deve lutar contra os monstros que o vilão Mortus desenha instantaneamente. A ação se passava nas páginas do gibi, e Turner ia de quadro em quadro, e às vezes rompendo as fronteiras entre eles, batendo e explodindo os inimigos.

Atentendo à proposta do jogo, os gráficos eram próximos dos quadrinhos, com sombramento e muitos detalhes. Tudo, aliás, remete às HQs – os personagens falam por meio de balõezinhos, “pows”, “bams” e “wacks” aparecem quando se acerta um golpe e até a narração se dá por meio de mensagens nos cantos dos quadros onde Turner está. Além do esmero dos produtores, o que explica essa proximidade de Comix Zone com os gibis é que toda a parte gráfica foi produzida por quadrinistas profissionais. Os efeitos sonoros também impressionam, mas a música não explora toda a capacidade do console da Sega.

A complexidade dos combates também foi algo que chamou bastante atenção. Na maioria dos jogos de ação do gênero e nos beat’em ups, bastava apertar o botão de ataque para executar os combos, que geralmente também não variavam muito. Mas em Comix Zone,  os golpes podiam ser direcionados para cima e para baixo, havia movimentos especiais de ataque e esquiva e até bloqueio, fazendo com que o jogador não atacasse sem parar e tivesse de planejar seus movimentos. Era possível até arrancar um pedaço do cenário, fazer um avião de papel e atirar nos adversários!

 

Desenho da primeira fase de Comix Zone, como uma página de gibi

Além de ter chegado ao mercado bastante tarde, Comix Zone era extremamente curto e difícil, o que colaborou para que não fosse sempre lembrado entre os melhores do Mega Drive. Apenas seis “páginas” do gibi eram percorridas pelo jogador, ou seja, duas fases de cada um dos três capítulos. E mesmo sem ser muito longo, mostrava-se um verdadeiro desafio para quem quisesse chegar ao final, o que só piorava com o fato de não haver vidas ou continues – o jogador tinha só uma chance de recomeçar o capítulo em que estava.

Apesar dessas pequenas falhas, Comix Zone é sem dúvida um dos títulos mais criativos já vistos. A mecânica em si não traz nada de inovador, visto que é apenas um jogo de ação de bastante complexidade nos combates, mas a ideia de fazer tudo como se fosse uma HQ deu o ar inovador do título. Além do Mega Drive, Comix Zone chegou ao PC e ao Gameboy Advance com pequenas alterações gráficas, mas com o mesmo modelo de jogo. O título pode atualmente ser baixado nas redes dos consoles Xbox 360 e Wii.

Ficha técnica: Comix Zone
Plataforma: Mega Drive
Produtora: Sega
Gênero: Ação
Ano: 1995

Trilhas Sonoras: Abertura de Super Mario Kart

Super Mario Kart é um dos poucos jogos do mascote da Nintendo cuja trilha sonora não foi produzida por Koji Kondo. O jogo que iniciou a série de corridas de Mario e sua turma teve as músicas compostas por Soyo Oka e Taro Bando, mas segue a linha e o ritmo dos títulos plataforma que consagraram o encanador. Ouça agora o tema de abertura de Super Mario Kart e faça o download clicando aqui.

Super mario kart opening by jvccarioca

Relembre as trilhas sonoras que marcaram época! Dê sugestões para o Baú do Videogame.

Trilhas Sonoras: 1ª fase de Shinobi (Master System)

Anthony Williams foi o compositor da trilha sonora de Shinobi, um dos maiores clássicos de plataforma e ação da geração 8-bits. O jogo, que foi criado como um concorrente direto de Ninja Gaiden, da Tecmo, marcou época em consoles como o NES e o Master System. Confira agora o tema da primeira fase de Shinobi e clique aqui para baixá-lo.

Shinobi 1a fase by jvccarioca

Quer relembrar algum clássico? Diga ao Baú do Videogame para podermos relembrá-lo.

Trilhas Sonoras – Tema de abertura de The Secret of Monkey Island

Exclusivos dos computadores, os jogos de aventura no estilo point’n’click ganharam títulos memoráveis, e um deles é The Secret of Monkey Island. A história cheia de mistérios envolvendo piratas criada pela Lucasfilm Games, o braço de jogos eletrônicos de George Lucas, contra com músicas que dão o clima perfeito para a aventura, como o tema de abertura que ouvimos agora. Toda a trilha sonora do jogo é resultado do trabalho de um time formado por Michael Land, Barney Jones, Andy Newell e Patrick Mundy. Baixe a música clicando aqui.

Abertura de The Secret of Monkey Island by jvccarioca

Relembre os clássicos no Baú do Videogame! Comente e dê sugestões de músicas que marcaram a história dos videogames!

Trilhas Sonoras – Abertura de Silent Hill (Playstation)

Silent Hill marcou a história dos videogames como um dos títulos mais assustadores de todos os tempos e reinventando o gênero de sobrevivência. Depois de ganhar fãs no Playstation, a série se espalhou por outras plataformas levando o terror da pequena cidade a ainda mais jogadores. A abertura do primeiro episódio da série, assim como todo o trabalho musical, é de autoria de Akira Yamaoka, e você a confere agora. Você também pode fazer o download da música clicando aqui.

Abertura de Silent Hill by jvccarioca

Quer relembrar a música do seu jogo favorito? Conte ao Baú do Videogame nos comentários!

Frogger (Atari)

Frogger foi um fenômeno dos videogames nos arcades e no Atari, além de ter sido o primeiro grande hit da Konami. O título chegou aos arcades em 1981, e nos consoles domésticos um ano depois, com algumas pequenas alterações gráficas devido às limitações de cada plataforma.

Extremamente viciante, a receita de Frogger era simples. O jogador precisava fazer o sapo atravessar uma avenida movimentada com caminhões, carros e motos e um rio cheio de jacarés, tartarugas e troncos. Tudo isso sem deixar o pequeno anfíbio ser atropelado, sem se afogar ou sem ser comido pelos traiçoeiros répteis. Basicamente, na avenida, o sapo não pode ser atingido pelos objetos que se movem, enquanto no rio ele deve pular exatamente nestes objetos – exceto nos jacarés de boca aberta, claro. (Clique aqui para jogar Frogger!)

Versão para arcade

O sapo podia ser movimentado para os lados, para frente e para trás. A cada cinco anfíbios que o jogador conseguisse colocar do outro lado do rio, um novo nível era iniciado. A dificuldade de cada fase era medida pela velocidade dos objetos na avenida e no rio, e tudo ficava bastante complicado depois de alguns níveis. Frequentemente, moscas e outros sapos apareciam durante o percurso, e se o jogador conseguisse pegá-lo, ganhava pontos extra.

Histórias sobre o clássico do sapinho não faltam. Inicialmente, o jogo se chamaria ‘Highway Jumping Frog’ (algo como “O Sapo que atravessa a avenida”), mas os figurões da Konami avaliaram que o nome não tinha o espírito do jogo, e optaram pela versão mais curta. O jogo aparece também no seriado norte-americano Seinfield, quando George Constanza, um dos personagens, cruza a cidade com um fliperama original de Frogger, parodiando a própria travessia de avenidas do título. Constanza, aliás, fez um recorde ficcional de 863,050 pontos. A única pontuação real registrada que supera a de Seinfield é do norte-americano Pat Laffaye, com 896,980 pontos.

Comercial de Frogger (com Star Wars de bônus)

O Frogger original, ou conversões bastante próximas da versão arcade, foi lançado para mais de 10 plataformas, desde as mais conhecidas às mais raras. Continuações também chegaram aos consoles domésticos e aos fliperamas, mas o primeiro jogo foi que ficou eternizado. Consoles como o Playstation ganharam uma versão 3D, que retomava o jogo original e incluía novos níveis para controlar o sapinho. No Super NES, Frogger foi um dos últimos jogos a ser lançados. Entre os consoles atuais, somente o Xbox 360 disponibiliza-o para download.

Ficha técnica – Frogger
Plataforma: Atari
Desenvolvimento: Konami
Publisher: Parker Bros.
Gênero: Ação
Ano: 1982

Trilhas Sonoras – Tema da primeira fase de Golden Axe (Master System)

Golden Axe foi um dos grandes sucessos do Master System e, ao lado de Streets of Rage, ficou conhecido como um grande título de beat’em up para o console da Sega. A composição de Jeroen Tel embala a pancadaria no meio de orcs e dragões, e você acompanha agora o tema da primeira fase do jogo. Você pode baixar a música clicando aqui.

1ª fase Golden Axe by jvccarioca

Sente saudades de alguma música marcante dos videogames? Comente no Baú do Videogame e deixe sua sugestão!

Os Cavaleiros do Zodíaco nos videogames

Os Cavaleiros do Zodíaco marcaram a geração nascida no final da década de 80. Proveniente do mangá  criado por Masami Kurumada de mesmo nome (chamado Saint Seiya no Oriente e nos EUA), o anime rapidamente virou febre entre os garotos, que corriam para a sintonizar a televisão no canal Manchete durante as tardes. Bonecos, material escolar, lancheiras e centenas de outros produtos carregando as imagens dos Cavaleiros chegaram ao mercado.

Tratando-se de garotos com armaduras protegidas por constelações que se envolviam em combates extremos, Cavaleiros do Zodíaco tinha um enorme potencial para ser transformado em um jogo de sucesso, principalmente pela popularidade que atingiu no Brasil e no Japão. Mas o sucesso dos Cavaleiros na televisão não foi o mesmo dentros dos games. Os poucos títulos lançados pela Bandai – hoje Namco – foram RPGs para NES e Gameboy, no início dos anos 90. Os guerreiros estelares só foram retomados em 2005, quando ganharam um verdadeiro jogo de luta para Playstation 2 que pouco agradou. O Baú do Videogame faz uma breve retrospectiva de cada um dos títulos lançados com base no mangá e no anime dos Cavaleiros do Zodíaco.

Saint Seiya: Ougon Densetsu (NES – Bandai/1987) – O primeiro jogo dos Cavaleiros do Zodíaco lançado foi para o NES, então o grande campeão do mercado na época. O único cavaleiro controlável no jogo era Seiya de Pégaso. O estile era um RPG básico, por rodadas, com poucas opções entre os ataques. Ainda assim, tentava percorrer os mesmo eventos dos mangás – desde o momento em que Seiya conquista sua armadura, passando pela Guerra Galática e pela batalha contra os Cavaleiros Negros até chegar ao Santuário, mas apenas cinco Cavaleiros de Ouro podiam ser enfrentados. Todos os Cavaleiros de Prata, entretanto, foram reproduzidos no jogo. Apesar do nome completamente japonês, na Europa foi lançado como apenas Saint Seiya.

Saint Seiya: Ougon Densetsu Kanketsu Hen (NES – Konami/1988) – Feito nos mesmos moldes de seu antecessor, mas desta vez tratando da Batalha das 12 Casas do Zodíaco, ou seja, contava com a aparição dos Cavaleiros de Ouro. Também funcionava como um turn-based simples, com poucas opções, mas bastante fiel à saga. Por exemplo, o Cavaleiro de Dragão só pode usar o golpe Excalibur na após a casa de Capricórnio e o Cavaleiro de Fênix só pode lutar na casa de Virgem e contra o Mestre do Santuário, exatamente como ocorre no anime. Não foi lançado na Europa como o antecessor, mas ficou conhecido como Saint Seiya 2.

Saint Paradise (Gameboy – Bandai/1992) – Entre os RPGs, a versão para o Gameboy foi a mais complexa em termos de jogabilidade e adequação à série. Dessa vez, o jogo contemplava toda a saga do Santuário e até a saga de Poseidon, cronologicamente a segunda nos mangás e animes, e em vez de apenas um cavaleiro lutando por vez, o jogador tinha quatro Cavaleiros de Bronze – Andrômeda, Pégaso, Cisne e Dragão – em sua equipe, embora algumas lutas ainda acontecessem individualmente. O jogo foi lançado apenas no Japão, portanto não havia versões em inglês ou francês.

Saint Seiya Ougon Densetsuhen Perfect Edition (Wonderswan Color – Bandai/2003) – O mais desconhecido dos já desconhecidos jogos baseados no mangá. Não é para menos, já que foi lançado apenas no Japão e para o Wonderswan Color, console portátil da Bandai, que nem mesmo no Oriente fez muito sucesso. O jogo é basicamente um remake unificado das duas edições de Saint Seiya para o NES, mas teve algumas modificações e melhorias, principalmente na parte gráfica. Há pouca informação disponível sobre o título, mas os fãs o consideram o melhor RPG de toda a série envolvendo os Cavaleiros. Foi também o último jogo lançado cuja produção esteve nas mãos da Bandai.

Saint Seiya: The Sanctuary (PS2 – Dimps Corp./2005) – Mais de dez anos haviam se passado desde o lançamento do último Saint Seiya nos principais consoles quando o Playstation 2 retomou os guerreiros do zodíaco trazendo exatamente o que os fãs desejaram por anos – um jogo de luta com a possibilidade de controlar seu Cavaleiro favorito e colocá-lo para brigar com qualquer outro. Foi a primeira vez que o anime se tornou um jogo de luta, deixando de lado todo o legado de RPG construído até então. Os combates, embora sem toda a dramatização do desenho animado, ficaram bastante fiéis, assim como as animações quando os golpes eram executados. O sistema criado para fazer o cosmo dos Cavaleiros ficar mais intenso cada vez que o jogador tinha menos vida foi uma boa forma de adaptar esse aspecto do mangá. Como o nome diz, Saint Seiya: The Sanctuary era um jogo sobre a Batalha das 12 Casas, e obviamente os Cavaleiros de Ouro podiam ser escolhidos nos modos de combate livre.

Saint Seiya: The Hades (PS2 – Dimps Corp./2006) – Continuação de Saint Seiya: The Sanctuary, o último título lançado sobre os Cavaleiros do Zodíaco era exatamente igual ao seu antecessor, com a exceção de que desta vez o foco se tornou a primeira parte da Saga de Hades, que se passa ainda no Santuário. Assim como na primeira edição para o Playstation 2, o modo história seguia a trama do mangá, colocando os guerreiros frente a frente de acordo com o que foi publicado na obra de Kurumada. Personagens e modos secretos fizeram parte da gama de inovações em relação ao jogo anterior, bem como melhorias gráficas e nos controles e na jogabilidade, um pouco lenta em The Sanctuary. É o mais recente título dos Cavaleiros e continuou a tradição de não ter sido lançado oficialmente nos EUA.

Agora, uma dose extra de nostalgia, com as aberturas do anime quando este era exibido pela Manchete.

1ª Abertura

2ª Abertura